O período de transição entre um parto e outro, é um dos grandes eventos críticos vivenciados pela fêmea bovina. Compreender e gerenciar adequadamente o período de transição e pós-parto é crucial para garantir a saúde e o desempenho reprodutivo e produtivo das fêmeas bovinas. A aplicação de abordagens baseadas em evidências científicas e a consulta a profissionais especializados são essenciais para o sucesso da pecuária nessa fase crítica. O período de transição é identificado pelo intervalo de três semanas antes e após o parto, onde se reparam mudanças metabólicas significativas decorrentes das alterações hormonais do parto e da demanda energética para o início da lactação. De forma conjunta, acentua-se o período pós-parto, que se estende do momento da expulsão dos anexos fetais até a completa involução uterina, que finaliza por volta do quinquagésimo dia após o parto. Pretende-se que durante o período de involução uterina, haja, o quanto antes, o retorno da atividade ovariana cíclica, que deve ser retomado de duas a três semanas após o parto, em uma vaca leiteira. No período pós-parto, acontece grande parte das alterações capazes de afetar tanto a involução uterina, quanto o retorno a atividade ovariana cíclica, comprometendo a eficiência reprodutiva da fêmea. Dentre os animais acometidos por essas alterações, destacam-se aqueles com pronunciado balanço energético negativo, o que ressalta a importância do manejo nutricional adequado, para o estabelecimento pleno da capacidade reprodutiva da fêmea.