SÍNDROME DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO EM CÃES
BRUNA LOUREIRO MACHADO DE SOUZA, MARCELA BICALHO CHAVES, Flávia Ferreira Araújo
Resumo
Ao longo dos anos, o vínculo afetivo entre humanos e cães tem se fortalecido, transformando a interação humano-animal e também ocasionando mudanças comportamentais, como a Síndrome da Ansiedade de Separação (SAS), que vem se tornando cada vez mais comum na clínica médica de pequenos animais. A SAS é caracterizada por uma série de comportamentos exibidos pelos cães quando são fisicamente separados de suas figuras de apego, como seus tutores. Este estudo tem como objetivo avaliar a ocorrência da SAS na população de cães no Bairro Renascença, Região nordeste de Belo Horizonte-MG. Para investigar as possíveis causas das alterações comportamentais durante a ausência dos tutores e sua relação com distúrbios comportamentais associados à SAS, foi elaborado um questionário (QI-SASA) aplicado aos tutores de 10 cães, incluindo raças específicas e cães sem raça definida, de ambos os sexos e diversas faixas etárias. O resultado principal revelou que, na ausência dos tutores, 80% dos cães apresentaram comportamentos atípicos característicos da ansiedade de separação. Esses comportamentos incluíam agitação psicomotora, latidos excessivos, desânimo ou cansaço excessivo e morder ou arranhar objetos. A agitação psicomotora e a ação de morder ou arranhar objetos foram os comportamentos mais comumente observados, cada um correspondendo a 40% dos casos, seguidos pelos latidos excessivos (40%) e pela desânimo ou cansaço excessivo (10%). Esses achados ressaltam a importância de fornecer cuidados adequados aos cães, como socialização adequada, exercícios físicos regulares e redução do tempo de solidão, como forma de prevenir e tratar a ansiedade de separação.
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ISSN 2179-1589