O prolapso da glândula da terceira pálpebra é o distúrbio primário mais comum da membrana nictante (terceira pálpebra), ocorrendo com relativa frequência em cães. Em felinos também pode ocorrer, contudo, é de rara incidência. É popularmente conhecido como “olho de cereja” e é frequentemente observado em cães braquicefálicos, como Shitzu, Bulldog Inglês, Lhasa Apso, entre outros, mas pode também afetar outras raças, podendo ser de origem congênita ou hereditária, ou ainda por traumas ou inflamações prévias que resultem na fragilidade ou perda de sustentabilidade dos ligamentos que ancoram a glândula à terceira pálpebra, resultando na sua exposição. Afeta predominantemente filhotes e adultos jovens e pode apresentar-se uni ou bilateralmente. O tratamento de escolha é o cirúrgico, onde é feito o reposicionamento da glândula para sua posição anatômica. Este trabalho relata um caso de prolapso da glândula da terceira pálpebra, unilateral e recidivante, em um canino fêmea, da raça Dachshund de aproximadamente 6 anos de idade, na qual foi realizada a cirurgia para o reposicionamento da glândula, através da técnica cirúrgica de Morgan, sendo a mesma acompanhada através de retornos pós-operatórios realizados com 7 (sete), 14 (quatorze) e 21 (vinte um dias), tendo como objetivo avaliar a eficácia da técnica utilizada, bem como os resultados obtidos.

ISSN 2179-1589