A miastenia gravis (MG) é um distúrbio da transmissão neuromuscular que afeta cães e gatos causada por um número reduzido de receptores funcionais de acetilcolina. Trata-se de uma doença de baixa incidência, o que por sua vez, dificulta seu conhecimento por parte dos médicos veterinários. Nesse contexto, objetivou-se apresentar um relato de caso clinico de um cão diagnosticado com MG que foi acompanhado desde sua internação até sua alta hospitalar e reavaliado 6 meses após o tratamento. Trata-se, pois, de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória conduzida através da apresentação de um relato de caso. Uma cadela Lhasa Apso, de 10 anos de idade, foi atendida na clínica Dr Consulta Pet em Belo Horizonte com fraqueza episódica de membros pélvicos, déficits deambulatórios e regurgitação havia duas semanas. Considerando a história, os sinais clínicos e a evolução progressiva, associado a ausência de sinais patognômicos de outras enfermidades, suspeitou-se de MG e prosseguiu-se com o tratamento empírico. Sendo esse diagnóstico foi confirmado pela melhora clínica considerável dentro de 48 horas após instituição de terapia anticolinesterásica. A partir do caso clinico relatado foi licito concluir que tanto o diagnóstico de MG quanto a eficiência no tratamento dependem de uma sequência de exames para exclusão de outras enfermidades, da capacitação do médico veterinário em associar os sinais com a suspeita clínica, e da participação ativa do tutor, que deve ser orientado para realizar as condutas terapêuticas necessárias. 

ISSN 2179-1589