Este trabalho objetiva relatar a experiência de um trabalho acadêmico desenvolvido ao longo da disciplina de Psicologia Social, no 2º período do curso de Psicologia do Centro Universo - Belo Horizonte. Trata-se de um estudo exploratório sobre a exclusão, criminalização e extermínio da população preta e articulação com a teorização da Psicologia Social Crítica. O genocídio de jovens pretos no Brasil é um obstáculo para a construção de uma sociedade justa e imparcial, as sequelas da escravização dos africanos no Brasil é uma das origens dessa questão. Destacamos a violência desproporcional enfrentada pela população preta, especialmente os jovens, nas periferias das grandes cidades pelo tratamento das forças de segurança pública que surge como justificativa social e legal a exclusão desses jovens. Indivíduos de tons de pele mais escuros são mais propensos à desigualdade e exclusão da sociedade deflagando o racismo institucional e social. O contexto brasileiro revela altos índices de homicídios, sendo que a cada 100 vítimas, 71 são jovens pretos, o racismo é uma determinante estrutural em nossa sociedade. Para ilustrar a temática, é mencionado o documentário "Emicida: AmarElo - É Tudo Para Ontem", que retrata a vida e as realizações do rapper brasileiro Emicida, abordando temas como desigualdade social, empoderamento e racismo. Traz também sobre a ocupação de espaços de valorização cultural injustamente vedada à população preta. Por fim, trazemos o papel da Psicologia Social oferecendo uma visão dos estereótipos e preconceitos na leitura do genocidio de jovens pretos, ajudando a desconstruir essas narrativas negativas. A Psicologia social desempenha um papel importante na compreensão e enfrentamento dessas questões, com sua abordagem interdisciplinar que explora as dinamicas sociais e mecanismos de discriminação presentes na sociedade buscando promover a transformação social e combater a invisibilidade do genocídio de jovens pretos no Brasil em prol de uma sociedade justa e igualitaria.