REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 8 (2023)

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O PAPEL DO PSICOLOGO NA ASSISTÊNCIA DE PACIENTES BARIÁTRICOS

GABRIELLE LANAY ROSADO LEITE, ISABELLA GUEDES FERREIRA

Resumo


O presente relato de experiência foi realizado a partir da vivência do campo Centro de Especialidades Médicas (CEM) da Santa Casa de Misericórdia em Belo Horizonte, com foco na intervenção em pacientes com obesidade e cirurgia bariátrica, durante o estágio supervisionado no 9° período de graduação de Psicologia pelo Centro Universo Belo Horizonte. O estágio foi realizado de forma presencial, atendendo pacientes bariátricos, com acompanhamento da equipe multiprofissional. Para a realização do estágio, foi utilizada a abordagem Psicanalista no contexto hospitalar, onde é possível desenvolver a escuta ativa, partindo da angústia e sofrimento do paciente em contexto de intervenção terciária em saúde.  Habitualmente, os pacientes pré-operatórios costumam sentir ansiedade para realizar o procedimento, revelando o imediatismo. Antes da cirurgia, costumam ter diabetes e pouca mobilidade, após o procedimento observa-se a diminuição das dores físicas, principalmente nas costas e joelhos. Em alguns casos, realizar a mudança de hábitos é sinônimo de sofrimento, neste sentido, o papel do psicólogo é acolher esta aflição e sustentar espaço para cada paciente se colocar como sujeito frente a essa vivência. Após a cirurgia, revelam que se sentem melhor fisicamente e psicologicamente com os resultados da bariátrica. As estratégias de atendimento psicológico a pacientes pré e pós cirurgia bariátrica visam promover a saúde e proporcionar um reconhecimento de seus sentimentos e emoções por meio da escuta terapêutica. No decorrer dos atendimentos, são ouvidos relatos sobre a relação com a comida, assim percebe-se a mudança de sentido atribuído a comida pelo paciente  ao longo do processo. Com auxílio das técnicas psicanalíticas é possível manejar os aspectos emocionais envolvidos com a alimentação, a percepção e ressignificação das vivencias e, de modo recorrente, consequentemente os pacientes  manifestam redução na  quantidade de comida ingerida, alteração da qualidade de sua alimentação. Conclui-se que, para que o paciente realize o tratamento é necessário que tenha atendimento com equipe multiprofissional, sendo fundamental o aval e acompanhamento dos profissionais encarregados de sua saúde mental e física.


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ISSN 2179-1589

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