REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 8 (2023)

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Fotossensibilização em Bovinos

Luan Ricci Silva, Paula Guirmarães, Camila Karen de Roma Abreu

Resumo


A radiação solar quando exposta na pele de algumas espécies como, caprinos, ovinos e bovinos, pode causar uma doença chamada fotossensibilização, que como o nome já sugere, causa uma sensibilização da derme devido ao efeito de luz solar. A fotossensibilização,  Pode também ser desenvolvida pela a ingestão de alguns tipos de forragens e drogas mendicamentosas, pois, o acumulo dessas substancias fotodinâmicas no organismo do animal ao longo prazo causa toxicação hepática no animal podendo causar hepatopatia crônica.  

Na fotossensilização primária as sustâncias de agentes fotodinâmicos são ingeridos pré-formados e ativados pela energia solar lesionando a pele do animal principalmente nas áreas mais claras do corpo e pelos onde há menos produção de melanocitos ocasionando dermatite solar (Fig. 1). Essas substâncias fotodinâmicas são ingeridas enquanto o animal se alimenta de forragens que crescem no pasto como as brachiarias decumbens mais comum contendo sustâncias como a filoeritrina vindas da clorofila um dos produtos da fotossíntese nas plantas. 

A fotossensibilização secundária tem origem no fígado que possui lesão crônica, nem sempre clínica, mas que interfere na excreção da filoeritrina e atinge ao fígado de maneira crônica, devido a sustâncias hepatotóxicas, as micotoxinas causadas pelos os fungos saprófitas existentes na natureza os animais os ingerem junto as forragens em decomposição, matéria vegetal morta, folhas e talos de gramíneas e leguminosas, além também dos agentes químicos como os medicamentos por ex: tetracloreto de carbono que com o passar do tempo vão se acumulando no fígado causando lesões nos ductos biliares e na vesícula biliar proporcionando necrose podendo chegar a cirrose se não tratada. 

Os sinais clínicos variam de 15 dias após a ingestão, até 3 meses para apresentar os sinais clinico hepático já na fase mais tardia da doença. O diagnóstico é por meio do exame físico geral, os exames complementares, como o hemograma e o bioquímico além do hepatograma, que avalia a  bilirrubina total, AST, TGO, TGP e GGT, e se assim constarem alterações no exame junto ao histórico clinico do animal e exame físico anteriormente já analisados é constatado o diagnóstico e providenciado o devido tratamento. 

O tratamento nesses caso se faz em manter os animais diagnosticados em estábulos longe do sol e luminosidade intensiva para que os agentes fotodinâmicos não causem novas queimaduras na pele, além de manter a limpeza diária das feridas para assim evitar infecções bacterianas secundarias e miíases. Utilizando pomadas antiinflamátorias, pomadas de óxico de zinco nas feridas e para o tratamento na fase tardia onde se encontra os sinais hepáticos crônico é indicado medicações de proteção hepática como a glicose, metionina, vitaminas do complexo B e o cálcio que auxilia na motilidade rumenal nos bovinos.



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ISSN 2179-1589

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