REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 8 (2023)

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APRENDIZAGEM DE HABILIDADES MOTORAS SERIADAS DA GINÁSTICA OLÍMPICA

raissa gonçalves Carolinne, Arthur Soares Costa, Nádia Fernanda Schmitt Marinho

Resumo


A necessidade de mudança de orientação nas pesquisas vem sendo enfatizada por vários pesquisadores, com base numa reflexão sobre a validade ecológica dos conhecimentos produzidos e a sua relevância para solução de problemas práticos como aqueles encontrados no ensino da educação física. Assim, o presente artigo abordou a aprendizagem das habilidades motoras seriadas na Ginástica Olímpica em função do tipo de prática global (todo) ou parcial (partes, combinação ou adição). Foram realizados dois experimentos em um ambiente de ensino-aprendizagem real. No Experimento 1, participaram crianças de 7 a 11 anos, matriculadas em um curso de Ginástica Olímpica, distribuídas em três grupos experimentais: grupo partes (GP), grupo combinação (GC) e grupo adição (GA). As habilidades praticadas foram cinco sequências de exercícios da ginástica artística. O experimento constou de uma avaliação de entrada, 19 sessões de prática (de 90 minutos cada, duas vezes por semana) e um teste de retenção. O escore foi calculado em cima de uma pontuação por série de exercícios. Os resultados do Experimento 1 mostraram que o grupo que aprendeu as partes separadamente e as montou em uma série completa (GP) obteve resultados superiores em comparação aos grupos que combinaram (GC) e adicionaram (GA) as partes. No Experimento 2, um grupo de crianças experientes, que também participavam do curso de Ginástica Olímpica, foi submetido à prática por adição (GA) ou à prática pelo todo (GT). As crianças que aprenderam as habilidades de forma adicional (GA) apresentaram resultados superiores em comparação ao grupo que aprendeu de forma global (todo). A análise conjunta dos resultados dos dois testes revelou a superioridade do aprendizado parcial em relação ao aprendizado de habilidades seriadas. Esses resultados podem ser explicados pelo fato de que a habilidade serial utilizada no presente estudo foi de alta complexidade e baixa organização e, portanto, não houve necessidade de enfatizar o estudo da interação entre as partes. REFERÊNCIAS PÚBLIO, Nestor Sores; TANI, Go. Aprendizagem de habilidades motoras seriadas da ginástica olímpica. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v.7,n.1,p.58-68,janeiro/junho,1993.



ISSN 2179-1589

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