A Declaração Universal dos Direitos Humanos é desde 10 de dezembro de 1948. Portanto, há mais de 70 anos de existência. Ela é o documento que melhor define em palavras e mandamentos práticos o que significa o respeito à dignidade humana, feito de forma plural entre governos do mundo todo e, também, com consultas a líderes religiosos das mais variadas crenças em diversos países.

É lamentável que, no Brasil, é um documento que tem apenas 30 (trinta) artigos sucintos e que tenha seu “espírito” ou seu teor confundido com boatos, mistificações em decorrências do contexto da época em que fora criada. Por exemplo, muitos dos brasileiros pensam que os Direitos Humanos significam a defesa de bandidos. Em época de internet, isto é, com tanta facilidade na busca por conhecimento, em fontes seguras, bastaria que se fizesse pesquisa simples para conhecer o que são os direitos humanos e, daí, constar que o que se pensa difere do que realmente é.

Contudo, boa vontade, busca por conhecimento científico e objetivar em entender o ser humano e sua complexidade, focar nas pessoas, não somente no estado que podem ser encontradas (livres ou encarceradas), livrar os indivíduos dos rótulos, das facetas complexas do cidadão como religiosidade (e/ou intolerância religiosa), educação (e/ou falta de educação), direito à propriedade (e/ou sem terra, sem casa, etc) e primar pela dignidade da pessoa humana, é, sem titubeios, o mais importante em uma sociedade justa, fraterna, democrática e solidária, apregoada pela nossa Carta Magna!

Nas últimas décadas, muitos militantes e muitas instituições da área de Direitos Humanos dedicam-se ao tema da Segurança Pública, abusos policiais e encarceramento no Brasil. Elas são mais numerosas, mas menos barulhentas, em faze daquelas que se dedicam a todas as outras coisas contempladas na Declaração. Há, uma inconformidade de muitos cidadãos com a falta de punição e o excesso de defesa de alguns transgressores e redundou na “infeliz” frase “Direitos Humanos para humanos direitos”, como se pudesse haver vida humana sem dignidade.

Conclui-se que a educação sobre Direitos Humanos é fundamental para todos e, somente com o respeito, com o conhecimento genuíno, poderemos promover e garantir a todos a dignidade da pessoa humana.