REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 8 (2023)

Tamanho da fonte:  Menor  Médio  Maior

Formação de jogadores profissionais de voleibol: relações entre atletas de elite e especialização precoce

Maria Oliveira Vitória, Juliana Sampaio Ceccato, Klismann Carlos Gomes, Mariana Abreu Abreu

Resumo


Esta é uma resenha do artigo intitulado “Formação de jogadores profissionais de voleibol: relações entre atletas de elite e a especialização precoce”. Este artigo é de autoria de: Renato Francisco Rodrigues MARQUES* Celiane Pereira LIMA** Camila de MORAES. O artigo aqui resenhado foi publicado no periódico Revista Brasileira Educação Física Esporte, (São Paulo) 2014 AbrJun; 28 (2):293-304.

O estudo teve como objetivo investigar e analisar vivências esportivas, possível ocorrência de especialização precoce e como se sucedeu o processo de formação esportiva contendo 52 jogadores profissionais de voleibol masculino, atuantes no Campeonato Paulista e Superliga Nacional.

Trata-se de uma pesquisa para, efetuar a análise dos dados levantados. Formada por 52 atletas de sete equipes participantes do Campeonato Paulista ou da Superliga Nacional B de voleibol masculino, os atletas foram escolhidos. Para a coleta de dados foi aplicado um questionário contendo 10 questões abertas.

Os resultados do estudo:

-                Modalidades praticadas de maneira competitiva pelos atletas entrevistados, 2/3 dos atletas deste estudo tiveram a oportunidade de vivenciar uma iniciação esportiva com modalidades variadas.

-                Idade de início da participação em treinamento de voleibol reportada pelos atletas entrevistados, a média de início dos treinamentos do grupo total de atletas foi de 12,8 ± 2,3 anos de idade.

-                Idade em que os atletas iniciaram a prática competitiva em voleibol, a média de início em competições foi de 14,3 ± 2,1 anos de idade. 

-                Idade em que os entrevistados receberam sua primeira remuneração como atletas de voleibol 94,3% dos jogadores nunca receberam recompensas financeiras. 

-                Quantidade de posições em que os atletas já atuaram, com relação à especialização em uma das 15,4% afirmaram ter se especializado como ponteiros, 9,7% opostos, 17,3% levantadores, 17,3% centrais, 7,7% líberos e 32,6% não responderam.

-Idade em que os atletas se especializaram na posição em que atuam, 17,3% dos sujeitos apontaram entre os nove e 12 anos de idade, 73% entre os 14 e

32 anos, com média de idade entre todos de 15,5 ± 3,6 anos.

- Motivos que provocaram o abandono da modalidade por parte de ex-colegas dos atletas entrevistados, 7,7% dos atletas responderam altura insuficiente, 17,3% trabalho, 23,1% falta de incentivo, 7,7% pressão por rendimento, 5,7% questões familiares, 17,3% estudos, 7,7% lesões.

Conclui se que, a partir dos resultados apresentados através dos atletas que participaram da pesquisa e algumas bases literárias, pode se afirmar que não necessariamente precisa haver uma especialização precoce para ser um atleta de alto rendimento, uma vez que a idade média de início no esporte apresentado pelo grupo foi depois dos 14 anos de idade em relação a competição metódica no esporte. Além de ficar evidente a importância de aprender praticas variadas.  

O presente estudo agregou e ajudo a esclarecer o dilema de especialização principalmente no voleibol que foi o foco do artigo, embasou alguns pontos de como posicionar para que isso ocorra de forma saudável e pedagógica e além do mais a longo prazo já que existe sim um abandono do esporte ao longo do percurso. E a consequência da especialização precoce que pode ser prejudicial ao rendimento e até mesmo o abandono do vôlei e outros esportes. Achamos o método escolhido bom e bem subjetivo.

 


Texto Completo: PDF

ISSN 2179-1589

PUBLICAÇÕES UNIVERSO