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RELATO DE CASO CLÍNICO - Periodontia II - Atendimento odontológico de urgência em clínica da Faculdade Universo
Andreia Knipp, Flávia Leite Lima
Resumo
1. INTRODUÇÃO
Os principais motivos para a busca de atendimento odontológico de urgênciaé a presença de dor. A precisão com que o paciente descreve a dor depende daextensão do processo inflamatório. Se a inflamação estiver contida na polpa, opaciente irá caracterizar a dor pela sua intensidade e durabilidade. No entanto, se ainflamação atingir o ligamento periodontal, será mais fácil para o paciente determinara origem da dor, uma vez que essa estrutura contém fibras sensoriaisproprioceptivas (ESTRELA et al., 2011).No que diz respeito as lesões periapicais, elas são mais comumente deorigem endodôntica e relacionadas à infecção pulpar. Essas lesões de origemendodôntica podem ser classificadas como granuloma periapical ou cisto periapical(KARAMIFAR; TONDARI, 2020). Ressalta-se que muitos estudos indicam umexame mais apurado para confirmar o diagnóstico das lesões uma vez que o exameclínico e radiográfico não são o suficiente (MATSUDA et al., 2011). Tais lesõesgeralmente são descobertas durante os exames radiográficos de rotina. No caso deexacerbação, os cistos aumentam, com alguns sintomas, incluindo inchaço,sensibilidade leve, mobilidade dentária e deslocamento. Os resultados do teste desensibilidade pulpar são negativos (LIN et al., 2009).Os cistos periapicais são formados dos restos de células epiteliais deMalassez no alvéolo. Essas proliferam devido à inflamação periapical induzida pelainfecção do sistema de canais radiculares (TSESIS et al., 2020). Em geral, nãoapresentam tamanhos muito grandes e os pacientes não sentem dor, exceto quandohá um episódio de exacerbação inflamatória aguda. Quanto a abordagem do dentecom dor, é necessário considerar as características clínicas das doenças pulpares eperiapicais, bem como seu diagnóstico diferencial e os recursos semiotécnicosdisponíveis para seu reconhecimento (NATKIN, 1974). Desse modo, o profissionaldentista deve compreender que, para obter sucesso na terapia associada à causa, é
imprescindível avaliar a dor referida pelo paciente bem como concatenar com osdemais aspectos clínicos. Para casos de urgência de pulpite aguda o tratamento é apulpectomia (WOLF et at., 2019). Ressalta-se que os cistos e granulomasperiapicais podem cicatrizar após o tratamento não cirúrgico do canal radicular,quando feitos com precisão, diferentemente dos cistos de origem não inflamatória(KARAMIFAR; TONDARI, 2020).Foram utilizados artigos selecionados das bases de dados Scielo, Pubmed eGoogle Acadêmico que abordaram o tema urgências odontológicas associadas à dorde origem pulpar e/ou periapical. Assim, o relato de caso tem como objetivo explanarum caso clínico atendido na Clínica Odontológica Universitária da FaculdadeUniverso neste ano de 2023. Ademais, tem como objetivo específico analisarevidências científicas sobre a importância da avaliação clínica do cirurgião dentista,junto a anamnese correta, para realizar o tratamento ao paciente de forma precisa esem riscos.
2. DESCRIÇÃO DO CASO CLÍNICO
Paciente do gênero feminino, 27 anos, procurou atendimento na clínicaodontológica da Faculdade Universo (Belo Horizonte, MG) queixando-se de dorextensa na região do elemento 47 com histórico de exodontia do elemento 48 háquatro anos atrás. Durante a anmnese a paciente não relatou nada digno de notaque pudesse influenciar no plano de tratamento. No exame físico extrabucal não foiconstatado nenhuma alteração de assimetria bucal ou edema sugestivo deinflamação. No exame físico intrabucal foi realizado teste de vitalidade do elemento47, que resultou em negativo como esperado e não se evidenciou dor à apalpação.Ao exame radiográfico, nota-se área radiolúcida que envolvia o dente 47 na regiãoperiapical, sugestiva de cisto ou lesão periapical conforme pode ser observada nafigura 1.
Figura 1: Radiografia Inicial do elemento 47
Em um atendimento primário foi prescrito à paciente o uso de Cetoprofeno100mg de 8 em 8 horas durante 5 dias para o combate a inflamação e Dipirona 1gem caso de dor aguda. Posteriormente a conduta adotada, a paciente foi orientadaquanto a busca para atendimento endodôntico e pulpectomia, uma vez que, aClínica não faz atendimento para tratamento endodôntico de 3° e 4° molares. Apesarda medicação prescrita se faz necessário atendimento aprofundado do caso.
Os principais motivos para a busca de atendimento odontológico de urgênciaé a presença de dor. A precisão com que o paciente descreve a dor depende daextensão do processo inflamatório. Se a inflamação estiver contida na polpa, opaciente irá caracterizar a dor pela sua intensidade e durabilidade. No entanto, se ainflamação atingir o ligamento periodontal, será mais fácil para o paciente determinara origem da dor, uma vez que essa estrutura contém fibras sensoriaisproprioceptivas (ESTRELA et al., 2011).No que diz respeito as lesões periapicais, elas são mais comumente deorigem endodôntica e relacionadas à infecção pulpar. Essas lesões de origemendodôntica podem ser classificadas como granuloma periapical ou cisto periapical(KARAMIFAR; TONDARI, 2020). Ressalta-se que muitos estudos indicam umexame mais apurado para confirmar o diagnóstico das lesões uma vez que o exameclínico e radiográfico não são o suficiente (MATSUDA et al., 2011). Tais lesõesgeralmente são descobertas durante os exames radiográficos de rotina. No caso deexacerbação, os cistos aumentam, com alguns sintomas, incluindo inchaço,sensibilidade leve, mobilidade dentária e deslocamento. Os resultados do teste desensibilidade pulpar são negativos (LIN et al., 2009).Os cistos periapicais são formados dos restos de células epiteliais deMalassez no alvéolo. Essas proliferam devido à inflamação periapical induzida pelainfecção do sistema de canais radiculares (TSESIS et al., 2020). Em geral, nãoapresentam tamanhos muito grandes e os pacientes não sentem dor, exceto quandohá um episódio de exacerbação inflamatória aguda. Quanto a abordagem do dentecom dor, é necessário considerar as características clínicas das doenças pulpares eperiapicais, bem como seu diagnóstico diferencial e os recursos semiotécnicosdisponíveis para seu reconhecimento (NATKIN, 1974). Desse modo, o profissionaldentista deve compreender que, para obter sucesso na terapia associada à causa, é
imprescindível avaliar a dor referida pelo paciente bem como concatenar com osdemais aspectos clínicos. Para casos de urgência de pulpite aguda o tratamento é apulpectomia (WOLF et at., 2019). Ressalta-se que os cistos e granulomasperiapicais podem cicatrizar após o tratamento não cirúrgico do canal radicular,quando feitos com precisão, diferentemente dos cistos de origem não inflamatória(KARAMIFAR; TONDARI, 2020).Foram utilizados artigos selecionados das bases de dados Scielo, Pubmed eGoogle Acadêmico que abordaram o tema urgências odontológicas associadas à dorde origem pulpar e/ou periapical. Assim, o relato de caso tem como objetivo explanarum caso clínico atendido na Clínica Odontológica Universitária da FaculdadeUniverso neste ano de 2023. Ademais, tem como objetivo específico analisarevidências científicas sobre a importância da avaliação clínica do cirurgião dentista,junto a anamnese correta, para realizar o tratamento ao paciente de forma precisa esem riscos.
2. DESCRIÇÃO DO CASO CLÍNICO
Paciente do gênero feminino, 27 anos, procurou atendimento na clínicaodontológica da Faculdade Universo (Belo Horizonte, MG) queixando-se de dorextensa na região do elemento 47 com histórico de exodontia do elemento 48 háquatro anos atrás. Durante a anmnese a paciente não relatou nada digno de notaque pudesse influenciar no plano de tratamento. No exame físico extrabucal não foiconstatado nenhuma alteração de assimetria bucal ou edema sugestivo deinflamação. No exame físico intrabucal foi realizado teste de vitalidade do elemento47, que resultou em negativo como esperado e não se evidenciou dor à apalpação.Ao exame radiográfico, nota-se área radiolúcida que envolvia o dente 47 na regiãoperiapical, sugestiva de cisto ou lesão periapical conforme pode ser observada nafigura 1.
Figura 1: Radiografia Inicial do elemento 47
Em um atendimento primário foi prescrito à paciente o uso de Cetoprofeno100mg de 8 em 8 horas durante 5 dias para o combate a inflamação e Dipirona 1gem caso de dor aguda. Posteriormente a conduta adotada, a paciente foi orientadaquanto a busca para atendimento endodôntico e pulpectomia, uma vez que, aClínica não faz atendimento para tratamento endodôntico de 3° e 4° molares. Apesarda medicação prescrita se faz necessário atendimento aprofundado do caso.
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ISSN 2179-1589