REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 8 (2023)

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TRATAMENTO DE MORDIDA CRUZADA POSTERIOR BILATERAL COM DISJUNTOR TIPO HAAS: UM RELATO DE CASO CLÍNICO

Ester de Castro Bigão, Stephanie Alves Carvalho, Isabela Brandão Magalhães, Larissa Corradi-Dias

Resumo


A mordida cruzada posterior é uma má oclusão comumente identificada na dentadura decídua e mista. Caracteriza-se pela oclusão lingualizada dos dentes posteriores superiores em relação aos dentes posteriores inferiores. O diagnóstico diferencial e o tratamento precoce são de suma importância, pois quando não estabelecidos, essa má oclusão pode ocasionar desarmonias estéticas e funcionais prejudicando a adequada mastigação, respiração, deglutição e fonação. Este resumo tem como objetivo descrever o relato de um caso clínico de tratamento da mordida cruzada posterior bilateral esquelética na fase da dentição mista com disjuntor palatino. Paciente do sexo masculino, 9 anos de idade, em dentadura mista, compareceu a clínica escola de Ortodontia da Faculdade Universo, localizada em Belo Horizonte, no primeiro semestre de 2023 para avaliação ortodôntica. A mãe relatou bons hábitos de higiene bucal e queixa de necessidade de uso de aparelho. Não foram relatados problemas sistêmicos. Ao exame clínico e radiográfico foi identificado a mordida cruzada posterior bilateral, ausência do elemento 63 e elemento 23 não erupcionado em estágio 8 de Nolla. Para correção da mordida cruzada posterior bilateral, foi planejado a disjunção com o aparelho HAAS. Sendo assim, foi realizada a moldagem de transferência. Bandas ortodônticas foram adaptadas nos primeiros molares permanentes superiores para a moldagem de transferência com alginato. A partir desta, obteve-se o modelo de trabalho em gesso tipo III, o disjuntor HAAS foi desenhado no modelo de trabalho e enviado ao laboratório para confecção do mesmo. O HAAS foi cimentado e após as primeiras 24 horas de uso do aparelho iniciou-se a fase de ativação. A mãe do paciente foi orientada a realizar a ativação duas vezes ao dia, durante sete dias. Na consulta de retorno após uma semana, foi possível observar um resultado satisfatório da disjunção. É esperado a melhora na oclusão do paciente e a erupção completa do elemento 23, favorecendo o alinhamento dos dentes. Sendo assim, é possível concluir que o disjuntor palatino do tipo HAAS é um aparelho dentomusosuportado indicado para a disjunção rápida da maxila, promovendo o equilíbrio da oclusão e sendo uma opção satisfatória para a correção da mordida cruzada posterior.

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ISSN 2179-1589

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