REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 8 (2023)

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Padrão Facial

Ester Castro Bigão, Stephanie Alves Carvalho, Aline Julia Oliveira Silveira, Brenda Xavier Correia, Hartur Elias Santos Silva, Isabela Brandão Magalhães

Resumo


Introdução: A divergência no diagnóstico dos problemas ortodônticos é ainda, muito frequente na especialidade, apesar dos vários esforços realizados para padronizar a classificação das más oclusões interpretando a face e os dentes em análise facial. As más oclusões têm como um dos fatores etiológicos primários o padrão de crescimento facial, definido como um conjunto de regras que atuam no crescimento e desenvolvimento da face, preservando características específicas, determinadas geneticamente, sofrendo pouca ou nenhuma influência do meio ambiente. Objetivo: O objetivo é avaliar a concordância de ortodontistas treinados na determinação do Padrão Facial, por meio da avaliação morfológica da face. Metodologia: Para este resumo foram utilizados materiais de estudo bibliográfico. Desenvolvimento: Os indivíduos podem ser classificados como Padrão I, II ou III; Face Longa ou Face Curta. O padrão I é identificado pela normalidade facial. A má oclusão, quando presente, é apenas dentária e não associada a qualquer discrepância esquelética, sagital ou vertical. Os padrões II e III são caracterizados pelo degrau sagital, respectivamente, positivo e negativo entre a maxila e a mandíbula. Nos Padrões Face Longa e Face Curta a discrepância é vertical. A amostra do presente trabalho foi constituída por 105 indivíduos adultos, dos sexos feminino e masculino, com idade mínima de 18 anos, selecionados nos arquivos de documentação de consultórios de especialistas em Ortodontia. Os autores selecionaram, aleatoriamente, pacientes portadores dos 5 Padrões Faciais: Padrão I, Padrão II, Padrão III, Padrão Face Longa e Padrão Face Curta. Não foram incluídos na amostra indivíduos em crescimento e portadores de síndromes craniofaciais. Com o objetivo de avaliar a concordância intra examinadora na avaliação morfológica do perfil, foram selecionados, aleatoriamente, 35 pacientes da amostra e submetidos à mesma classificação com, no mínimo, uma semana de intervalo entre as duas avaliações. Dos 20 avaliadores, 18 realizaram a classificação da amostra. Na avaliação da concordância intra examinadora foi obtida uma porcentagem média de 84% de acerto entre a primeira e a segunda avaliação. Entretanto, enquanto a maioria dos avaliadores apresentou porcentagem de acerto acima de 80% entre as duas avaliações, dois deles tiveram concordância significativamente menor, de 60%, e foram removidos da amostra, pois ou não dominavam a classificação avaliada ou não a realizaram com a devida atenção. O estudo foi realizado, portanto, com 16 avaliadores, além do Padrão-Ouro. A concordância intra examinadora com 16 avaliadores foi quase perfeita. A diferença de diagnóstico entre ortodontistas para um mesmo paciente resulta em planos de tratamento diferentes e resultados, nem sempre compatíveis . A concordância entre os examinadores e o Padrão-Ouro é moderada, e eles apresentam maior concordância entre si do que com o Padrão-Ouro. Considerações finais: O padrão e o perfil facial estão intrinsecamente relacionados na análise subjetiva dos tecidos moles, ou seja, a demonstração do perfil côncavo no padrão III, a prevalência do perfil convexo nos padrões I, II e face longa, e o aumento do perfil reto na face curta.

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ISSN 2179-1589

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