RESENHA: Fatores de Risco para Transformação Maligna das Lesões intraepitelias Escamosas
Resumo
Lesões intraepiteliais escamosas (SIL) são lesões brancas e branco-vermelhas persistentes que podem representar lesões precursoras para carcinoma escamoso de células escamosas invasivas (CCS). Os SILs englobam hiperplasia epitelial/hiperqueratose, displasia e carcinoma. Foi realizado um estudo em pacientes diagnosticados com SILs de cavidade oral entre 2002 e 2012 com o objetivo de determinar o risco de transformação de SIL para CCS utilizando aparência clínica, histologia e coloração imunohistoquímica de biomarcadores. Os sujeitos foram divididos em dois grupos: 1) Pacientes com SILs que não se transformaram em CCS e 2) Pacientes que se transformaram. As variáveis preditoras incluíram (sexo, idade) e histórico médico (história do tabaco, álcool, usa de castanha-de-betel, estado imunológico, histórico de radiação). As variáveis relacionadas à lesão macroscópica foram local, tamanho e aparência clínica (descritas como branca, vermelha, heterogrógena vermelha-branca, ulcerada ou nodular). As variáveis de lesão microscópica foram à gravidade da displasia, localização dentro do epitélio (menor um terço, dois terços inferiores ou espessura total), índice mitótico e quantidade de apoptose, pleomorfismo nuclear, complexidade do pino rete, inflamação crônica línóide e hiperqueratose. Foram incluídos 60 indivíduos (27 mulheres), dos quais 17 mulheres não se transformaram em CCS, enquanto 10 mulheres se transformaram. As idades médias dos grupos 1 e 2 foram de 58 e 63 anos. Não houve diferenças no histórico médico e localização da lesão. A transformação foi significativamente maior para lesões heterogêneas vermelho-brancas. Em conclusão, os SILs que se transformaram em CCS eram mais propensos a ter aparência vermelho-branco, displasia grave, atípia em todo o epitélio e maior apoptose.
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