REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS - UNIVERSO – GOIÂNIA, Nº. 8 – ANAIS - JORNADA CIENTÍFICA DE PESQUISA E EXTENSÃO

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RELAÇÃO ENTRE MICROBIOTA INTESTINAL E OBESIDADE: aspectos fisiopatológicos e nutricionais

Caroline Castro de Castro de Araújo, Karinne de Oliveira Valadares, Rafael Jacob da Cunha, Priscila Borges de Oliveira Neves

Resumo


A obesidade é uma patologia crônica na qual verifica-se o acúmulo excessivo de tecido adiposo e concomitantemente uma produção exacerbada de citocinas pró-inflamatórias. Essa situação aumenta a probabilidade de ocorrência de diversas doenças, em particular de doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, dislipidemias e alguns tipos de câncer. Estudos recentes sugerem que a microbiota do intestino humano deve ser levada em consideração na gênese desta patologia, pois consiste em uma comunidade complexa de organismos, que contribuem com funções essenciais para o metabolismo do hospedeiro e, portanto, afetam a saúde e os estados de doença. A microbiota intestinal é considerada um órgão metabólico capaz de afetar a regulação da energia, a sensibilidade à insulina, o armazenamento de gordura e o peso corporal do indivíduo. Este estudo objetivou-se em descrever o papel da microbiota intestinal e sua inter-relação com a obesidade. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, composta por artigos no idioma inglês publicados na base de dados PubMed nos últimos dois anos. Foram incluídos estudos do tipo coorte, caso-controle e ensaio clínico, full-text, que apresentaram associação com o papel da microbiota intestinal e sua inter-relação com a obesidade. Os resultados mostraram a maior proporção de Firmicutes para Bacteroidetes em indivíduos obesos. Observou-se que a suplementação de Akkermansia muciniphila com ou sem prebiótico tem efeitos positivos na perda de peso e o fator de maior relevância para a modificação da microbiota. A perda de peso deve estar associada a mudança no estilo de vida para hábitos alimentares saudáveis.
Palavras-chave: Obesidade. Microbiota intestinal. Probióticos.

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ISSN 2179-1589

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