A microbiota intestinal é parte constitutiva do Sistema Nervoso Entérico (SNE), em associação com as extensões neuronais que recobrem todo o trato gastrointestinal, do esôfago ao reto, dentro de um sistema complexo que também inclui o pâncreas e a vesícula biliar. O SNE é um subsistema derivado do sistema nervoso periférico autônomo e pode influenciar o sistema imunológico do indivíduo, permitindo que os microrganismos se comuniquem com o cérebro e este com o intestino. Esta conexão microbiota-cérebro-intestino pode levar a uma resposta quando há uma situação de desequilíbrio microbiano intestinal. Existem algumas vias pelas quais a microbiota intestinal pode modular o eixo intestino-cérebro, como a endócrina (cortisol), a imune (citocinas) e a neural (nervo vago e sistema nervoso entérico). O objetivo deste trabalho foi analisar como a microbiota intestinal pode influenciar na doença de Alzheimer. Trata-se de uma revisão integrativa. Realizou-se uma busca na base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e U.S. National Library of Medicine (PubMed). Os artigos científicos considerados relevantes foram adicionados a esta revisão. Consideraram-se os registros dos últimos cinco anos. A microbiota intestinal adequada torna-se uma poderosa ferramenta para o tratamento adequado de distúrbios no Sistema Nervoso Central (SNC), inflamações, problemas fisiológicos e doenças crônicas. No entanto, mais investigações são necessárias para se elucidar os mecanismos pelos quais as variações e mudanças da microbiota podem se correlacionar com o Alzheimer. Estudos de coorte mais amplos com pacientes que sejam bem fenotipados, podem promover conexão melhor estabelecida entre na relação cérebro-intestino.
Palavra-chave: Microbiota gastrointestinal. Sistema nervoso entérico. Neurotransmissores. Doença de Alzheimer. 

ISSN 2179-1589