Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar um estudo exploratório das Representações Sociais dos apenados com relação ao Módulo de Respeito à luz dos Direitos Humanos no Complexo Prisional em Aparecida de Goiânia. As abordagens teóricas utilizadas foram as Representações Sociais, a pena e os Direitos Humanos com ênfase no Módulo de Respeito. Os participantes foram cem (n= 100) apenados voluntários que responderam ao questionário, bem como uma entrevista com o gestor do Módulo. Os resultados do questionário demonstraram, a saber: 28% entre 24 e 29 anos; 83% sexo masculino; 35% solteiro; 38% natural de Goiânia; 69% cursaram ensino fundamental; 37% católicos; 26% trabalhavam no presídio; 83% consideram-se tranquilos e 39% estão presos por mais de quatro anos, sendo a maior incidência homicídio e tráfico. Foram as representações sociais: 24% evocaram tratamento desumanizado para Modelo Prisional Convencional; 27% categorizaram tratamento humanizado para Módulo de Respeito; 38% consideram “infrator” o estuprador; 38% honesto “bom cidadão”; 27% desonesto “mau cidadão”; 48% não simpatizam com Modelo Prisional Convencional e nem com o Módulo, porque ambos são idênticos como método punitivo de privação de liberdade e 31% afirmaram que preferem o Módulo de Respeito em decorrência do tratamento humanizado. A entrevista corroborou com informações relevantes sobre a implantação e execução do Projeto Módulo de Respeito. Destarte, o cárcere humanizado do Módulo à luz dos Direitos Humanos pauta-se no controle social (formal e informal), bem como na conscientização que permite a reinserção social dos reeducandos com comportamentos assertivos com fito de coibir a reincidência criminal.

Palavras-chaves: Representação Social, Módulo de Respeito, Direitos Humanos.