Os peixes são os vertebrados que apresentam os maiores índices de infestação por parasitas, devido às peculiaridades do meio aquático que facilitam a propagação, complementação do ciclo de vida e outros fatores de relevante importância para a sobrevivência dos grupos de organismos parasitas. O objetivo deste estudo consiste em uma revisão bibliográfica sobre a infecção por Digenea: Clinostomidae em peixes. Os digenéticos são helmintos endoparasitos de vertebrados normalmente encontrados na forma de cistos na pele, órgãos internos, e nos olhos dos peixes. Raramente prejudicam o crescimento e a reprodução ou causa mortandade de peixes. O ciclo de vida está relacionado a 2 ou mais hospedeiros sendo peixes e moluscos hospedeiros intermediários enquanto as aves servem como hospedeiros definitivos, onde o parasita completa seu ciclo reprodutivo. Fezes com os ovos deste parasita são excretados pelas aves na água reinfestando o ambiente. Apresentam órgãos de fixação musculares pouco desenvolvidos e seu ciclo biológico é indireto, podendo incluir até dois hospedeiros intermediários. No Brasil são poucos os estudos realizados para testar a eficácia e os efeitos secundários de drogas utilizadas para combater parasitoses em peixes, principalmente nas criações intensivas. Sem a comprovação científica de sua eficácia, não é possível prever a extensão do prejuízo e em muitos casos, parece ser melhor sacrificar o plantel, drenar e desinfetar o tanque e, a seguir, recomeçar a criação. Assim, o manejo adequado da piscicultura é sem dúvida, a medida mais importante a ser tomada para evitar que os peixes sejam acometidos pelos mais variados parasitos.