O botulismo é uma doença não contagiosa causada pela toxina botulínica, produzida pelas bactérias do gênero Clostridium Botulinum. É de suma importância o conhecimento dessa doença para a saúde pública, pois, a contaminação se dá pela ingestão de alimentos deteriorados, carcaças de animais em decomposição, solo e água contaminados. Esta revisão literária tem por objetivo esclarecer sobre essa doença em cães. Existem vários tipos dessa toxina que afeta tanto os homens quanto os animais, no caso dos caninos, é do tipo “C” e são poucos os casos de infecção. Ao entrar no organismo do animal essa toxina promove um efeito devastador, pois, atinge diretamente o sistema nervoso, bloqueando a liberação do neurotransmissor acetilcolina nas sinapses das junções neuromusculares. Dessa forma, o processo de contração muscular é cessado, gerando uma paralisia flácida de toda a musculatura esquelética e também o mau funcionamento de algumas funções parassimpáticas. O animal fica fraco, perdendo a movimentação dos membros, apresenta dificuldade para se alimentar e em alguns casos pode vir a óbito devido a parada cárdio- respiratória. O tratamento específico para cães com botulismo, como também no caso dos bovinos e equinos, consiste na aplicação do soro antibotulínico contendo anticorpos responsáveis por inativar a toxina. Nos cães, o adequado é mantê-los hidratados para evitar infecções urinárias, em um local com temperatura confortável e promover auxílio no momento da alimentação. Antibióticos como a penicilina também são recomendados, pois, diminuem o número de bactérias produtoras das toxinas.