O uso racional de antimicrobianos compreende uma discussão que se faz necessária e atual, pois estes fármacos são substâncias naturais ou desenvolvidas especificamente em laboratório com a finalidade de agir no controle da proliferação de microrganismos. Sendo assim, o presente estudo objetivou discutir a importância dos cuidados farmacêuticos aos usuários de antimicrobianos, ressaltando a importância do uso racional desses medicamentos, além de abordar as principais normatizações brasileiras para o seu controle sanitário. Para tanto, recorreu-se à metodologia de Revisão de Literatura, com destaque para as pesquisas publicadas nos últimos 20 anos na base de dados, Scientific Electronic Library Online, Biblioteca Virtual da Saúde, e documentos oficiais publicados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assim, é possível inferir que os antimicrobianos podem ser utilizados de modo profilático ou terapêutico a depender do nível de ação necessária para reduzir e/ou eliminar microrganismos prejudiciais do organismo. Entretanto, desde a descoberta da Penicilina e seu uso em larga escala para controle e tratamento de doenças foi possível observar o crescente quadro de resistência bacteriana, pois os microrganismos tem uma grande capacidade adaptativa. Por esta razão a Organização Mundial da Saúde indica a necessidade de verificação da real necessidade de administração destes medicamentos, o que perpassa a identificação dos sintomas clínicos do paciente, assim como a realização de exames laboratoriais que comprovem a existência de microrganismos indesejados. Entretanto, o número de medicamentos sem razão adequada é preocupante, pois acabam promovendo um crescente quadro de insucesso terapêutico, assim como a condição de infecções recidivas dos pacientes tratados de maneira não adequada.

Palavras-chave: Farmácia, Antimicrobianos, Uso racional.