RESUMO

No cenário pós-moderno, num mundo globalizado, com mercados logicamente organizados, em que a velocidade das mudanças, a quebra e crise de paradigmas, e a universalização de valores neoliberais que vão se consolidando, ao mesmo tempo em que se constitui um sistema sócio-econômico altamente excludente e desigual, em que se acentuam questões discriminatórias aviltantes como a racial, cobra-se da educação respostas para inserir tanto os homens quanto as organizações em mercados altamente competitivos e guiados pela razão instrumental. Nesse cenário os sistemas educacionais estruturam-se e abrem espaço para o aparecimento e fortalecimento do sistema de Educação Corporativa, instituindo-se as Universidades Corporativas.  Constatou-se que o Brasil é um país cuja população é composta de uma sutil maioria negra e feminina de, respectivamente, 50,74% e 51,03%, conforme Censo Demográfico do IBGE no período pesquisado de 2012 a 2016, consubstanciando-se em uma população majoritária, porém minoritária nos vieses, direitos, cidadania e inclusão nas diversas esferas sociais e econômicas e para o olhar desse estudo, notadamente a inclusão no mercado de trabalho e na educação. O preconceito diante a discriminação racial ainda reflete no salário entre negros e brancos, com retração evidente par os (as) negros (as). No contexto, trazemos uma breve discussão sobre as políticas de ações afirmativas, erigidas no panorama organizacional a partir da última década do sec. XX, configuradas como ações de inclusão e favorecimento da diversidade e do pluralismo no grande escopo da onda de responsabilidade social organizacional. Destarte, intenciona-se discutir sobre as ações de responsabilidade social voltadas para as políticas de ações afirmativas para os negros no âmbito da educação corporativa e das universidades corporativas.

Palavras-chave: Universidade Corporativa – Negros - Discriminação Racial- Responsabilidade Social - Ações Afirmativas – Educação Corporativa.