REVISTA ACADÊMICA UNIVERSO SALVADOR, Vol. 3, No 5 (2017)

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ARTE, LUDICIDADE E EDUCAÇÃO: INTERAÇÕES PARA (RE)ENCONTRAR A ARTE-MAGIA DO ENSINAR-APRENDER

Lilian Márcia de Mello Athayde

Resumo


RESUMO

 

O artigo trata da importância da arte e da ludicidade como ferramentas pedagógicas motivadoras para despertar nos educadores e educandos, o prazer que envolve a relação ensinar-aprender. Como área de conhecimento, a ludicidade tem despertado o interesse na área educacional. O Relatório para a UNESCO: Educação - um tesouro a descobrir (2003) já sinalizava para a importância da arte e da ludicidade na educação, como ferramentas importantes para o desenvolvimento e integralidade humana. A docência nunca foi tão desvalorizada e explorada, criando nos docentes sentimentos negativos como culpa, frustração, dor, insatisfação e desalento, com o ser professor, expressos na constatação do insucesso da missão educativa da escola, da educabilidade dos educandos, da própria razão de ser da sua prática. Em outro viés, vemos igualmente os alunos expressarem os reflexos dessa situação em que o desencanto também é apreendido levando-os a desacreditar e desvalorizar o trabalho do professor e, por conseguinte ir à escola já não promove muitas emoções positivas. O ato de aprender, neste momento de crise da educação e dos valores se tornou um processo simplesmente instrumental, voltado condicionalmente para o estar futuro no mercado de trabalho, deixando para trás o seu melhor foco: o prazer e encanto de aprender. Seguimos a partir dos seguintes questionamentos: Ser professor, ainda envolve uma aura de fascínio e encanto? Ainda reflete uma opção profissional e de vida, entusiasmada? Ser professor desperta paixão e prazer profissional? Ensinar reflete compromisso com o conhecimento e formalidade humana? É possível falar de educação com paixão, prazer e motivação? A sala de aula pode ser um espaço prazeroso? Tentamos responder a essas reflexões. Abordamos algumas problemáticas que envolvem essa relação e como a arte e a ludicidade podem representar uma resposta positiva para muitas dessas angústias que acometem os professores e os alunos. Representa também uma tentativa de dar destaque à arte e ao lúdico na dimensão do desenvolvimento e integralidade humana. Educar e ser educado pela arte e ludicidade é permitir vivencias de aprendizagem pessoal e coletiva, transformando a sala de aula num espaço gerador de experiências de conhecimento, sobretudo prazerosas. A sala de aula tem de ser um lócus de inventividade e de encanto, de arrebatamento e de fruição dos sentidos, pois aprender é um processo criativo e o prazer é um impulsionador do aprendizado. O processo de aprendizado humano consubstancia-se para além de uma sistemática mental, mas é todo um processo de ativação da inteligência, da cognição e configurada essencialmente pela emoção.

 

Palavras-chave: arte; ludicidade; ensino-aprendizagem; desenvolvimento humano; integralidade.


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ISSN 2179-1589

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