REVISTA ACADÊMICA UNIVERSO SALVADOR, Vol. 2, No 4 (2016)

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VIOLENCIA CONTRA A MULHER NA ATUALIDADE

Ingrid Magalhães Rapold, Priscila Maria Afro Lopes Pereira

Resumo


O trabalho em questão teve como objetivo abordar alguns aspectos referentes à violência contra a mulher, tais como seu conceito, suas tipificações e formas de combate, alertando sobre a necessidade de mudança de comportamento da sociedade para a redução e posterior extinção da hostilidade dirigida aos seres humanos do sexo feminino. Constatou-se que a violência contra a mulher sempre existiu na sociedade, atingindo mulheres dos mais diversos núcleos e classes sociais. Devido à vulnerabilidade, fragilidade e por existir dependência emocional e financeira na maioria das vezes, muitas vítimas se calam. O silêncio da vítima esconde a vergonha, constrangimento e uma certeza interior de que não há solução para o seu caso. A criação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), em atividade no Brasil, trouxe significância à causa e esperança de que esta luta feminina tenha no mínimo, justiça. Muito além da agressão física ou estupro, a violência contra a mulher pode ser classificada em 5 tipos: física, sexual, moral, psicológica e patrimonial. A violência física é caracterizada como qualquer ação que ofenda sua integridade ou saúde corporal, onde o contato físico provoca dor, podendo ou não causar alguma lesão ou marcas no corpo. É, frequentemente, a forma de violência mais facilmente identificada. A violência sexual é qualquer atitude que obrigue a mulher a estar presente, manter ou participar de relação sexual não desejada, através de intimidação, ameaça, coação ou uso da força, ou, ainda que a induza a utilizar sua sexualidade para fins comerciais contra a sua vontade, ou a impeça de utilizar métodos contraceptivos, que a force ao casamento, aborto ou à prostituição. Já a violência moral é qualquer conduta que exponha a mulher à calúnia, difamação ou injúria, além de espalhar mentiras humilhantes e publicação de fotos eróticas na internet. Na violência psicológica, predomina-se a subjetividade, pois depende de como é vista a atitude do suposto ofensor, a forma em que ela se dá é dissimulada, por isso muitas vezes demora-se para reconhecer a agressão. A violência patrimonial, por sua vez, geralmente se apresenta em conjunto com a moral e psicológica, visto que utiliza-se de ofensas e humilhações para atingir a vítima, alegando a sua dependência financeira. Foi observado também através deste trabalho que o feminicídio representa a última etapa de um cotidiano de violência que leva a morte. É o crime de ódio caracterizado por assassinato de uma mulher por ser mulher, perseguição e morte intencional de pessoas do sexo feminino, sentimento de perda de controle ou propriedade, ódio ou desprezo, de acordo com a lei 13.104/2015. Diante de todo o levantamento do trabalho sobre esse tema, considera-se tratar-se de um assunto sério, no qual a mulher deve ser mais valorizada, e uma possibilidade disso acontecer é através de mais trabalhos de educação e conscientização contra o machismo, tendo como ponto principal a desconstrução dessa cultura que nos permeia há tanto tempo, visto que as mulheres precisam ser respeitadas e tratadas com dignidade por todo e qualquer homem.




ISSN 2179-1589

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