A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE VIOLÊNCIAS OBSTÉTRICAS ATRAVÉS DO PARTO HUMANIZADO
Resumo
Introdução: Sabe-se que o parto, há milhares de anos, era realizado em domicilio com a presença de uma parteira, uma mulher de confiança da parturiente. Com a inserção do modelo biomedico nessa assistência o parto se tornou algo denominado perigoso, institucionalizado e instrumentalizado. Devido a potencialidade do uso de procedimentos invasivos e desnecessários surgiu a Violência Obstétrica que é o ato ou intervenções á parturiente e seu bebê sem o seu consentimento violando seus direitos e preferências, que afete físicamente e psicologicamente a mulher. Diante disso foi implantado o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) que visa assegurar e melhorar o acompanhamento no processo gravidico-puerperal, além de outros programas voltados para a saúde da mulher. Nessa perspectiva a introdução da enfermeira no parto reduziu o número de intervenções desnecessárias, aumentando o protagosnismo e autonomia da gestante. Objetivos: Descrever o papel do enfermeiro frente ao parto humanizado; Discutir os desafios enfrentados pelo enfermeiro nas práticas realizadas durante a parturição. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, a busca pelos artigos foi realizada no período de Agosto á Novembro de 2022, sendo “Violência Obstétrica” “Parto Humanizado” “Gestantes” as palavras-chave utilizadas nas bases de dados Biblioteca Virtual Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo 19 artigos selecionados. Resultados/Discussão: Os resultados adquiridos evidenciou que o processo assitencial e burocrático do enfermeiro reflete na assistência á mulher no processo do parto dificultando sua atução direta neste cenário, além do enfrentamento as barreiras propostas por outros profissionais que desconhecem a lei de atuação do enfermeiro e sua autonomia neste âmbito, facilitando a ocorrência de violências obstétricas. Conclusão: Conclui-se que a assistência de enfermagem no processo de parturição é primordial para o desfecho materno e neonatal, haja vista que a enfermeira obstétrica é um facilitador de boas práticas obstétricas pautadas em evidências cientificas.
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