REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 10 (2019)

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A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO DIAGNÓSTICO PRECOCE E A RELEVÂNCIA DA AÇÃO EDUCATIVA PARA O COMBATE DA SEPSE

Adriana Cristina Resende Abreu, Ethelanny Panteleão Leite Almeida, Hercília Maria Tassi Abirached

Resumo


Introdução: Sepse é um conjunto de manifestações graves geradas por uma infecção. Configura diferentes estágios clínicos de um mesmo processo fisiopatológico, tornando-se um desafio para o enfermeiro devido à necessidade de pronto reconhecimento e tratamento precoce. Sendo assim, é fundamental que todos os profissionais de diferentes especialidades estejam aptos a reconhecer os sintomas e iniciar o manejo adequado. O desafio de identificação da Sepse e, o alto índice de mortalidade, foi corroborado no estudo realizado pelo Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), constatou em cerca de 230 Unidades de Terapia Intensiva (UTI), 30% dos leitos com pacientes sépticos e com letalidade próxima dos 50%. Para que se tenha diagnóstico prévio e assistência de enfermagem adequada é necessário que o Enfermeiro tenha um conhecimento profundo desta síndrome para treinar e orientar sua equipe quanto as primeiras manifestações e tratamento. Objetivos: apresentar o desafio no manejo da Sepse. Metodologia: Realizou-se um levantamento de artigos indexados nas bases de dados ILAS, Google acadêmico, e um livro. Os artigos selecionados foram lidos e as informações compiladas. Resultados/Discussão: De acordo com uma tese pesquisada por CARVALHO (2018), foi observado que o desconhecimento dos enfermeiros sobre Sepse pode estar diretamente relacionado ao ensino deficitário nos cursos de graduação, fator esse que implica na assistência e segurança do paciente. Outro estudo realizado por ALMEIDA, BELCHIOR, (2013) teve como resultado que todos os enfermeiros entrevistados, souberam responder corretamente a definição de Sepse, mas quanto a diferença dos conceitos: SIRIS (síndrome da resposta inflamatória sistêmica), SEPSE e CHOQUE SÉPTICO e sobre as formas de tratamento que inclui os pacotes de ressuscitação volêmica, foi percebido que há um deficit de conhecimento com base científica. Falta de conhecimento essa, porquê muitas das vezes os profissionais não se especializam na área de atuação, não se atualizam sobre a patologia. Sendo assim, para solucionar esse problema, os autores do estudo propuseram a ideia de realizar cenário de simulação clínica sobre Sepse e testes para conhecimento, autoeficácia e julgamento clínico, para que docentes e profissionais de educação continuada de instituições de saúde capacitem estudantes de enfermagem e enfermeiros. Conclusão: A partir desses treinamentos o enfermeiro passa a conhecer a fundo sobre a doença, saberá utilizar o protocolo de Sepse, uma ferramenta (critérios da SIRS) denominada ficha de triagem, que identifica pacientes com infecção que possa evoluir para Sepse, implementar o processo de enfermagem adequado, aplicar os protocolos de tratamento. E dessa forma, orientar sua equipe quanto aos primeiros sinais de manifestações clínicas no paciente, quanto aos cuidados e intervenções. O conhecimento desses profissionais está diretamente ligado a identificação e tratamento precoce da síndrome séptica, e acredita-se que a realização dessa revisão contribua para diminuição da morbimortalidade.


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ISSN 2179-1589

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