REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 9 (2019)

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A BIOFOTOMODULAÇÃO NA PREVENÇÃO DA RADIODERMITE EM PACIENTES COM CANCER NA MAMA SUBMETIDAS À RADIOTERAPIA : REVISÃO DE LITERATURA

GIANE CHAVES FERNANDES, MARCELO RESENDE MACHADO

Resumo


Introdução: o câncer de mama é a segunda neoplasia mais comum do mundo e o mais presente entre as mulheres. A radioterapia está entre as modalidades terapêuticas mais utilizadas no combate às neoplasias mamarias, aparecendo em 45% a 60% das pacientes. Contudo, a irradiação absorvida pelo organismo pode causar radiodermites, lesões cutâneas, semelhantes a queimaduras atingindo mais de 90% das pacientes. Sua aparição pode causar alterações como desidratação, hipersensibilidade local, prurido e dor, sendo um dos fatores mais limitantes do tratamento oncológico. Um dos recursos utilizados no plano fisioterapêutico das radiodermites é a biofotomodulação, que consiste no uso da luz para induzir alterações bioquímicas no processo de recuperação tecidual, reduzir o processo inflamatório e diminuir a dor na área lesionada. Objetivos: analisar quais foram os efeitos encontrados na utilização das luzes lasers e LEDs nas radiodermites.  Metodologia: realizou-se uma revisão da literatura, abrangendo publicações disponibilizadas nas bases de dados do SciELO, PubMed e PEDro. O processo de busca destas publicações foi norteado pelo uso dos descritores em inglês: (radiotherapy) and (photobiomodulation therapy) and (radiodermatitis) and (breast cancer). Resultados/Discussão: foram encontrados somente cinco artigos que atenderam aos critérios pesquisados, em três artigos foram utilizados Led, enquanto em dois foram usados, laser. Em quatro dos cinco estudos houve a diminuição da toxidade ou a estagnação das lesões cutâneas, independente do tipo de luz aplicado. Em dois estudos, além da toxidade da radioterapia, foram aplicados questionários para avaliar a qualidade de vida das pacientes nos quesitos emoção, sintomas e funcionalidade, no grupo experimental houve melhora nos scores de sintoma e emoções comparado a terapia convencional. No estudo que utilizou a escala de dor, os resultados foram melhores na fototerapia. Todos os resultados demostraram que a biofotomodulação é mais uma opção de terapia, porém ainda faltam parâmetros sobre qual a melhor densidade de onda e o seu tempo de aplicação. Conclusão: com base na atual revisão sistemática, biofotomodulação pode ser considerada uma abordagem de tratamento eficaz para a prevenção e tratamento das radiodermites. Contudo, devido ao número limitado de estudos publicados disponíveis, há uma clara necessidade de ensaios de alta qualidade bem projetados nessa área. Os parâmetros ótimos de tratamento para aplicação clínica ainda precisam ser elucidados.


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ISSN 2179-1589

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