SOBRE ARTE E PSICANÁLISE
Resumo
Ao se deparar com o fazer artístico, Freud busca compreender a relação da criação com o ato que movimenta a vida e nos alça à condição de sujeitos desejantes. É neste campo de conhecimento que o presente artigo pretende se desenvolver: abordando questões relativas à criação artística que reverberam na clínica psicanalítica. Propomo-nos analisar a partir da perspectiva psicanalítica fundada nas concepções de Sigmund Freud e Jacques Lacan a importância da criação artística no processo de subjetivação humana e na superação do mal-estar imposto pela vida. A arte dá impulso e movimento à vida reinventando-a e subvertendo os seus sentidos, dando forma àquilo que aflige, além de proporcionar descarga emocional. Da mesma forma, atua a Psicanálise dando voz a expressão do que é humano, a sua subjetividade, possibilitando a construção de sentidos àquilo que nos atormenta. Assemelham-se, portanto o processo artístico do psicanalítico ao despertar forças criativas, de modo a promover o desenvolvimento pessoal do sujeito e consequentemente melhorar sua relação com o mundo em que vive. Desse modo, a Arte parece incitar o discurso psicanalítico a desvendar os mistérios de seu modo de criar. Pretende-se, para alcançar os objetivos deste trabalho, proceder à pesquisa bibliográfica, buscando obras que tratem do binômio arte-psicanálise como processo de subjetivação do sujeito.
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