REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 17 (2023)

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A EFETIVIDADE DA CORRENTE FES NA RECUPERAÇÃO DE MEMBROS INFERIORES DE PACIENTES VÍTIMAS DE AVC: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE

Graziele Cardoso da Costa, Laís Matos Cleveland, Lucas Henrique Dal Médico Azevedo, Rayane de Souza Sperandio, Livia Cristina Avelino Costa

Resumo


O Acidente Vascular Encefálico (AVE), tanto isquêmico quanto hemorrágico, écaracterizado pela perda de suprimento sanguíneo, e, consequentemente, oxigenação docérebro; segundo estudos, é a 2ª maior causa de mortes no mundo, responsável por 11. Ascausas do AVE são diversas, e suas consequências vão depender da área do cérebro quedeixou de receber o suprimento sanguíneo, bem como do tempo de isquemia. A áreacomumente acometida é a do giro pré-central, por isso o tão grande comprometimento motorgerado, como alteração de tônus muscular, hemiplegia, fraqueza muscular, espasmo, e tantosoutros. As fibras afetadas passam pela decussação das pirâmides, gerando todos os sintomasem um lado inteiro do corpo, afetando os 2 membros. Dessa forma, a doença tem o poder degerar grande incapacidade, afetando diretamente a independência dos seus sobreviventes.No que diz respeito aos membros inferiores, a alteração de tônus e fraquezamuscular são suficientes para comprometer a marcha, a capacidade de flexão e extensão
1 Graduanda do curso de Fisioterapia - Centro Universitário Salgado de Oliveira – Universo de Juiz de Fora –MG / grazyjf24@gmail.com2 Graduanda do curso de Fisioterapia - Centro Universitário Salgado de Oliveira – Universo de Juiz de Fora –MG / laiscleveland@gmail.com3 Graduando do curso de Fisioterapia - Centro Universitário Salgado de Oliveira – Universo de Juiz de Fora –MG / lucashdm.azevedo@gmail.com4 Graduanda do curso de Fisioterapia - Centro Universitário Salgado de Oliveira – Universo de Juiz de Fora –MG / rayanesperandio@hotmail.com5 Orientadora Professora Me. do curso de Fisioterapia - Centro Universitário Salgado de Oliveira – Universo deJuiz de Fora – MG / livia.cristina@jf.universo.edu.br
voluntárias, equilíbrio e gerando o padrão de caimento do pé afetado, já que perde-se a forçanecessária para sustentar o mesmo em contração, além de gerar espasmo nos plantiflexores.Tudo isso gera imobilidade, o que causa perda de massa muscular (hipotrofia).
O tratamento convencional para pacientes de AVE na tentativa de recuperarfunções ou evitar uma perda maior é, normalmente, baseado em cinesioterapia, como formade fortalecimento e alongamento dos membros, assim como trabalho de propriocepção. Setratando de membro inferior, envolve fortalecimento passivo por parte do terapeuta, ativo-assistido e, em fase mais avançada, o movimento ativo do paciente, muitas vezes com auxiliode theraband, halteres, esteira, e movimentos como flexão e extensão de joelho, treino demarcha, flexão e extensão de quadril, dorsiflexão e plantiflexão, entre outros.
A eletroterapia é uma técnica de tratamento bastante eficaz. Existem diversostipos de correntes e formas de utilização do recurso, com objetivo de analgesia efortalecimento muscular, desde pacientes neurológicos com o sistema musculoesqueléticototalmente comprometido a atletas saudáveis que buscam ganho exponencial de força. Aeletroterapia tem caído em descrédito muitas vezes devido a ser usada por muitos como umtratamento, quando, na verdade, se trata de um recurso auxiliar do tratamento principal. Setratando de correntes com objetivo de fortalecimento, deve ser sempre utilizada combinadacom exercício físico. Ou seja, nenhum tipo de eletroterapia oferece o mesmo efeito que oexercício, nem pode substituir o mesmo. A estimulação elétrica também tem a capacidadetambém de aumentar a excitabilidade das vias neurais corticospinais para músculos parético einduzem neuroplasticidade.
A corrente FES é a que apresenta melhor resultado no fortalecimento demusculatura de pacientes neurológicos. Quando utilizada em conjunto com o trabalho físicode fortalecimento, consegue recrutar mais fibras musculares que a cinesioterapia isolada,estimulando o potencial de ação e ativando o tecido nervoso que inerva o músculo trabalhado.Para isso, deve-se posicionar os eletrodos corretamente ( no ventre muscular) e utilizar osparâmetros certos, para atingir o objetivo desejado.
Dito isso, questiona-se: qual o nível de efetividade e ganho no tratamento de umpaciente sobrevivente de acidente vascular encefálico quando se utiliza a cinesioterapiaauxiliada pela corrente FES?

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ISSN 2179-1589

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