REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 17 (2023)

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COTIDIANO DE UNIVERSITÁRIOS EM ENFERMAGEM: QUANDO OS TRANSTORNOS DEPRESSIVOS SE TORNAM UMA POSSIBILIDADE

BIANCA REIS NOGUEIRA, JULIA MADURO DA SILVA, THAMISON JOSE CUNHA DE SOUZA, ETHELANNY PANTALEÃO LEITE ALMEIDA, LAÉRCIO DELEON DE MELO, CAMILA CRISTINA GREGÓRIO DE ASSIS, FRANCINE BANNI FÉLIX

Resumo


Introdução: a pandemia da Covid-19, de ocorrência no triênio 2020-2023, acarretou impactos diretos na rotina dos estudantes, principalmente no que tange a readequação do processo de estudos para o meio digital[1]. Objetivos: discutir a possibilidade de ocorrência de transtornos mentais na rotina universitária de estudantes em enfermagem e refletir sobre as demandas por cuidados em saúde. Metodologia: revisão integrativa estruturada em seis etapas, com delimitação temporal do quadriênio 2020-2023. Foram realizadas buscas nas bases de dados Medline, SciELO, Lilacs e Bdenf nos meses de Maio a Agosto de 2023. Na análise combinatória das estruturas de busca foi utilizado o operdador booleano AND a partir dos descritores adotados bem como as palavras sinônimas escolhidas. Resultados: após aplicação dos critérios de elegibilidade, foi analisada uma amostragem final com 18 artigos, estando a maior parte (61,1%) indexados na Medline, sendo a sua maioria no ano de 2021 (61.1%). A maior parte dos artigos foi publicado em revistas especializadas no campo da enfermagem (66,6%), tendo, porém, uma parte pertencente a revistas interdisciplinares, dos campos da psicologia, psiquiatria, psicanálise e medicina. Os resultados foram discutidos em duas categorias: 1) a rotina de estudantes universitários de enfermagem: preocupações, sobrecargas e situações estressoras cotidianas; e 2) transtornos depressivos entre graduandos em enfermagem: possibilidade de ocorrência e reflexões sobre as demandas por cuidados psicoemocionais. Discussão: os principais fatores de risco internos e externos no desenvolvimento de transtornos depressivos, correlacionam-se, principalmente a ansiedades quanto ao processo de graduação que garanta o futuro profissional ao estudante de enfermagem; ao estresse, baixa autoeficácia e o não enfrentamento focado na emoção; à condições de saúde precárias; e à presença de experiências adversas na infância. Entre os principais fatores estressantes, destacam-se o processo de conciliação das questões de trabalho/estudo e as dificuldades financeiras [2]. Indica-se ainda o uso de smatphones como um fator externo, agravado pelo ensino remoto durante a pandemia de Covid-19. A incidência de depressão é maior quando os fatores estressantes são associados ao tabagismo, consumo de álcool e hábitos alimentares irregulares e não saudáveis [3]. Conclusão: os transtornos psicoemocionais entre os graduandos de enfermagem geram impactos negativos sobre o processo de formação acadêmica, bem como sobre a vida sociofamiliar, laboral e qualidade de vida desses alunos. Destacam-se como problemáticas, a carga horária exuberante, a dificuldade de conciliação entre o trabalho laboral e a vida acadêmica, os problemas financeiros e insatisfações quanto a rotina de vida e processo de formação universitária. Estas situações devem serem alvo das ações de enfermagem e profissionais docentes no cuidado psicológico e mental a estes discentes de enfermagem.

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ISSN 2179-1589

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