REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 18 (2023)

Tamanho da fonte:  Menor  Médio  Maior

USO DE FIXADOR ESQUELÉTICO EXTERNO CIRCULAR EM CÃO ACOMETIDO COM NÃO UNIÃO EM RÁDIO E ULNA

Kesley Brando Moreira, Brunna Silva Moreira, Marcela Lovisi Moraes de Paiva, Priscila Marques Rufato

Resumo


Introdução: As fraturas de rádio e ulna são comuns na clínica de animais domésticos, principalmente em cães de porte médio e grande. Entretanto, o tratamento de fraturas em rádio e ulna pode ter complicações como a não-união, podendo ser avascular ou vascular. Logo, pode-se tratar clinicamente através de métodos conservadores ou cirúrgico através do uso de implantes, como fixadores esqueléticos externos lineares e circulares, placas e parafusos, no qual se busca o retorno da atividade óssea e completa consolidação. Objetivos: Descrever a metodologia utilizada no tratamento de um cão acometido com não união atrófica em região diafisária de rádio e ulna. Metodologia: Foi atendido um cão da raça Spitz Alemão, com 3,2 Kg, histórico de fratura em região diafisária de rádio e ulna em virtude de queda, com a qual foi estabilizada com placa bloqueada em outro serviço a um ano atrás. Ao exame físico denota-se hipotrofia do membro e claudicação. No raio-x observou-se foco de não união atrófica, perda de densidade óssea e halo radioluscente ao redor dos parafusos. O animal foi encaminhado para a cirurgia que consistiu na retirada dos implantes e sua substituição por fixador esquelético circular, com curetagem do foco de fratura e depósito de fragmentos de enxerto ósseo de asa ilíaca, infiltrado de Plasma Rico em Plaquetas (PRP) embebido com aspirado de medula óssea, diretamente sob o foco de fratura. O fixador é composto por quatro anéis, sendo dois proximais e dois distais, dois fios tensionados em cada anel e três barras estabilizadoras intercaladas. Resultados/Discussão: A não-união de rádio e ulna tem origem multicausal, porém fatores primários como o suprimento sanguíneo deficiente em ossos longos e pouca cobertura muscular são denotados em cães de raças pequenas, com qual corrobora com falhas e atrasos no processo de consolidação. Viu-se o apoio do membro no pós-operatório imediato, e reação periosteal com 45 dias de pós-operatório, os implantes foram removidos com 90 dias de pós-operatório. Conclusão: O tratamento demonstrou-se eficaz na estimulação osteoblástica óssea com estabilização absoluta satisfatória.


Texto Completo: PDF

ISSN 2179-1589

PUBLICAÇÕES UNIVERSO